sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Quando Sofrer é Bom




Marshal Rosenberg o propositor da Comunicação não violenta dizia que se você fizer um criminoso se odiar pelo crime que cometeu a chance dele vir a continuar cometendo o mesmo crime é muito grande. Diferente do que a maioria das pessoas considera se culpar não é a melhor atitude para deixar de errar. Na verdade, quando nos culpamos, consideramos que já “pagamos” pelo nosso erro devido ao sofrimento que sentimos e nunca consideraremos investigar as causas dos nossos erros e mais ainda mudar esses comportamentos responsáveis pelos erros.

A culpa é ainda um comportamento reforçado pela sociedade. Quando se vê alguém se culpando, as pessoas sentem certo alívio, como se a pessoa estivesse, através da penitência, reconhecendo e se arrependendo. Aliás, culpa não tem nada haver com arrependimento, mas com autopunição. É ainda um ato típico da criança, que se mostra arrependida para não sofrer as punições dos pais.

O problema é quando chegamos à fase adulta com esse comportamento ainda infantil. Continuaremos não compreendendo porque nossos relacionamentos nunca dão certo e porque determinadas situações sempre se repetem conosco e vem aquela famosa frase: “isso sempre acontece comigo!”. Se alguma coisa sempre acontece com você, você escolheu aquele caminho. Ao assumir a responsabilidade pelas coisas que acontecem com você, eu disse responsabilidade e não culpa hein!! Você pode investigar porque costuma escolher determinados caminhos, atitudes e ações e verificar como essas atitudes se voltam a você e de qual modo. 

A boa notícia é que só você pode mudar a causa dos seus problemas pessoais. Ou seja, culpar os outros, posso garantir, não vai mudar a página da sua história pessoal. Apontar para fora é um dos comportamentos mais instintivos para se evitar o sofrimento. E é uma estratégia usada, abusada e reforçada por aqueles que costumam gostar de manipular as pessoas. Não faça isso com os outros e não deixem fazer isso com você, abra o olho! Deixar outra pessoa inculcar culpa a você, também é falta de se responsabilizar pelos seus atos, sentimentos e necessidades. 

Mas admitir as falhas pessoais, não deveria conferir sofrimento. Afinal, perfeição não existe na humanidade. Se você achava isso, estou avisando, isso só existe na fantasia! Bem vindo a imperfeitolândia! Ao assumir as responsabilidades pelos seus erros, basta pendurar no pescoço uma placa de “Estamos em reforma para melhor servi-lo” e siga feliz o seu caminho.

Uma sugestão de Marshal Rosenberg (que eu amei e venho implementando em minha vida) foi: para começarmos a nos responsabilizar pelos nossos sentimento dizendo a seguinte frase – Sinto...porque eu... e ao completar a frase, assumir a responsabilidade pelo que sente. Por exemplo:
Sinto raiva (sentimento) pelos erros ortográficos porque quero passar uma imagem de profissionalismo (necessidade pessoal).

Ao invés de
Tenho raiva porque você escreveu a carta com erros ortográficos.
E se você acredita que culpar os outros é o que faz as pessoas mudarem, tenho que te informar uma coisa: ninguém é capaz de fazer mudanças no lugar da outra pessoa. Tem coisas que só a pessoa pode fazer por ela, tipo fazer xixi :) 
Podemos quebrar o ciclo vicioso da culpa sem sofrimento. Assumir a responsabilidade pelas escolhas, sentimentos e atitudes pode ser vivido de modo leve e feliz. Aliás, infeliz é quem sempre aponta o dedo para fora, afinal, o sofrimento é infinito, pois não mudamos o que está fora. Só o que está dentro.

Se você gostou desse texto, assista ao nosso vídeo e compartilhe, e ajude a espalhar essa felicidade!

Lorela Casella

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Resposta à Carta de Mark Manson Divulgada por Bel Pesce







       Olá pessoal,

       Hoje nós conhecemos a carta de Mark Manson através do compartilhamento da Bel Pesce e inicialmente, até compartilhei a mensagem. Vi que rapidamente, vários amigos brasileiros estavam lá compartilhando no afã de salvar o nosso país de...nós mesmos??? 

       Ao ler a carta parecíamos os nativos da Terra de Santa Cruz e de Vera Cruz trocando nosso terreno por espelhos, escovas de cabelos e outros escambos trazidos pelos portugueses. Parecíamos novamente achar o que vinha de fora era mais interessante, afinal, veio de fora!

       Mas, apesar da crítica até ter certa ressonância devido a alguns fatos, esses não são desconhecidos por nós, até mesmo por esse motivo que o brasileiro está mais atuante e mais protagonista do que passivo, não mais assistindo a tudo de modo alienado como fazíamos algum tempo atrás.

       Não! Nós já somos capazes de perceber o retorno das ações corruptas, que ao final, deverão ser pagas por nós mesmos. Nós temos exemplo de pessoas que dia e noite vem se dedicando para descosturar a teia centenária de corrupção colocando pessoas físicas, jurídicas e políticas na cadeia. Nós já somos capazes de ter vozes que gritam nas ruas não querendo mais servir de burro de carga de um estado corrupto.

       Mas o que incomoda na carta escrita pelo Mark Manson, não é a crítica em si, mas a generalização. Quando a gente lê a carta dá a principal impressão de que o brasileiro é corrupto. TODOS! Sem exceção! Inclusive quando personalidades públicas compartilham para “abrir os olhos do brasileiro”, pensamos: veja o nível de descontentamento no qual chegamos! 

       A generalização vem acompanhada de várias comparações. Você-brasileiro; eu-americano. Você-corrupto-vaidoso; Eu e minha cultura sem essas características. E na prática essa crítica fica frágil devido a alguns fatos.

       Vaidade não é exclusividade de um povo, mas da natureza humana. Crimes não são exclusividade brasileira, basta assistir aos documentários americanos do Canal Id Investigação que veremos centenas de exemplos de seres humanos, no caso, norte americanos, matando outros por dinheiro, vaidade, poder.

       Falar que os países desenvolvidos são prósperos e o Brasil não, também não pode ser sustentado por fatos. Vimos desastres tal qual o holocausto acontecendo na Alemanha nazista (e com o consentimento de seu povo), no fascismo Italiano e nas modernas máfias italianas, (Roberto Saviano que o diga), nas crises econômicas da Europa, nos projetos socialistas espalhados no mundo sobre um rastro de sangue da vida humana. Não há muito tempo atrás vimos uma das crises que abalou o sistema econômico capitalista dos EUA com a bolha imobiliária. Cada crise nesses países levou a reflexões e mudanças de posturas. Mas tem sempre um ser humano que terá necessidade de romper com o bem comum, e isso não é exclusivismo brasileiro.

       Perdoe-nos Mark! Mas suas argumentações são bastante superficiais e se baseia no velho método da culpa e vergonha, artimanhas de manipulação usadas contra pessoas, que acontecem tanto no meu país, e pelo visto, você também sofre desta mesma cultura, que é achar que se ajuda o outro através destes métodos.

       Esses métodos são a linguagem da violência, e na verdade não ajuda em nada. Sugerimos o vídeo Comunicação Não Violenta para auxiliar nesta reflexão.


       Outra sugestão é a leitura de um americano crítico de sua cultura, o lingüista Noam Chomsky que há anos denuncia a cultura do armamentismo americano e da indústria bélica instaurada em sua política e apoiada pelos cidadãos “de bem” que concordam em bombardear países sob o pretexto da segurança nacional, quando na verdade é aquele “altruísmo” que você cita que nós brasileiros também temos.

       Sabemos que a crise que o Brasil entrou não deverá melhorar tão cedo, ainda mais quando percebemos a escassez de representatividade que nosso povo merece. No entanto continuaremos agindo e lutando por um Brasil próspero. Novato na democracia, mas cheio de gás para renovar, nem que tenha que cortar na carne, nem que sobre apenas um político honesto para nos representar, nem que tudo precise ser descontruído para construir novamente. Temos essa coragem de enfrentar, de ir às ruas para protestar e de mudar o modo de pensar fazendo o necessário autoenfrentamento.

       Pensei algumas vezes em me mudar deste país, e quando comecei a pensar mais de perto vi que todos os países tem seus problemas internos. Iria para os EUA? Não saber se a torre que estou trabalhando será alvo de algum “terrorista” vingador; Itália? Ao invés de pagar impostos ao governo, pagaria também uma taxa de proteção para a máfia? É Mark, de perto de perto nenhum país é muito normal, não é mesmo?

       Não existe uma forma justa de comparar a cultura de um país com outro dizendo que é  melhor, pois países que tem em suas histórias recentes guerras, atentados, e ações do governo que vão contra outras nações mascarando diversas intenções questionáveis, não estão com moral para servir de exemplo. Não fugindo do assunto não me vem a cabeça outro país além do EUA que lançou bombas atômicas contra outras nações, nem que fez menos guerras, é a maior escola de terroristas do mundo. 

       Se existe um sistema que a carta traz e não funciona é o de “sermão” algo que em todas as culturas já é praticado e se funcionasse nosso planeta estaria em outro patamar.
Mark, compartilho com você o sentimento de impotência de por vezes tentar ver um futuro melhor para a nação onde as crianças de hoje estão chegando e sabemos que é preocupante. Porém, não vamos perder o otimismo, e vamos buscar inovar, fazer a nossa parte, pouco-a-pouco, separando as coisas e não fazendo miscelâneas que mais nos confundem. Tratemos dos problemas em partes com as medidas certas para cada questão.

Márcio Aoki e Lorela Casella

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

A Irresistibilidade do Líder




       Um dos temas mais complexos e debatidos dos últimos dois séculos é a importância do papel do líder em corporações, administração pública e até a liderança familiar. O contrário da liderança é anomia, ou ausência da mesma.  Qualquer grupo sem liderança ou na anomia sabe o caos que fica a vida. Nós brasileiros no atual cenário político é que sabemos, não é mesmo?

        O líder é aquele que aponta uma direção para o grupo, contemplando as necessidades do mesmo. Essa direção vai seguir a lógica do líder e por esse motivo tem sido tão importante conhecer de perto o assunto da liderança.

       Outro dia navegando pela internet, me deparei com a frase que dizia mais ou menos isso: a história é na verdade a história dos líderes. 

        Isso instigou-nos a observar os líderes que aparecem nos livros, registros e documentários, e se você verificar, todos eles carregam esse tom de mudança importante para nossa história.

       Assistindo ao filme The Big Short (A Grande Aposta) baseado em fatos reais, sobre a maior crise financeira dos EUA, analisamos um dos personagens ali retratados e seus comportamentos. O analista financeiro Michael Burry que através de uma observação técnica e bem feita, teve sua influência em novos procedimentos bancários desde 2008, quando os EUA sofreram a crise da bolha imobiliária.

        Michael Burry, segundo o retrato da película, era proprietário em uma administradora de fundos pessoais e previu a quebra da economia por ter conhecimento, dedicação, observação e visão realista. Quando a notícia que ele estava comprando fundos que ninguém considerava falíveis, nem mesmo os bancos, tornou conhecida por outros especialistas, gerou a atitude de investigação e investimento por parte de alguns outros economistas. Enquanto os bancos enfim quebravam, esse pequeno grupo que estava atento não foi junto, pelo contrário, haviam garantido reserva de ganhos absurdos com montantes imensos.


          Claro que esse debate é polêmico e gera uma série de outras questões éticas, no entanto, essas características que observamos nessa personalidade de nossa história recente, pode ser encontrada em outros líderes que fizeram a diferença na história do nosso planeta e quisemos colocar uma luz sobre essas características.
 
         Michael Burry se diferenciou pela extremada dedicação em sua área. Cada líder vai apresentar excelência de acordo com suas especialidades e traços de personalidade que o movem para o próprio desenvolvimento. Características pessoais, temperamento entre outras habilidades vão compor o perfil de liderança individual. Por esse motivo achamos difícil sair por aí dando receitas de bolo de “como virar um líder em algumas lições”. Cada um precisa se conhecer e conhecer suas características para assumir o tipo de liderança. O analista apresentava suas características na análise econômica-financeira. É personalidade dotada de uma série de traços que deixariam qualquer palestrante de liderança torcendo o nariz já que não dispunha de habilidades sociais bem desenvolvidas. Aliás, ele se define por ser anti-social mesmo.

        Fechado em sua sala por horas a fio, sem muito contato com outras pessoas, o que também nos chama a atenção, é sua obstinação e determinação. No momento que desconfiou que havia uma tendência para a quebra de uma das maiores economias do nosso mundo capitalista, foi investigar e estudar com afinco, confirmando suas suspeitas com bases racionais assistindo sua previsão confirmada pouco tempo depois.

       Quantos líderes são assim, antipáticos, não tem boas habilidades sociais, zero empatia, e mesmo assim, tem gente que continua colaborando com os projetos e as direções que eles apontam. É caso para analisar.

       Por favor, nós não defendemos que o líder seja carrasco ou nada parecido hein! Nada disso! Mas temos que admitir. A liderança não está nas habilidades sociais do líder, mas sim na sua capacidade em lidar com os dados de sua área, pensar grande e pensar no futuro de modo inovador e inclusivo, que quebra os paradigmas e que muda o rumo da história em determinada área. Qualquer pessoa ao ver um líder inovador sabe que ficar por perto dele vai agregar valor a si mesmo e se desenvolver contribuindo para algo importante, mesmo suportando muitas vezes o lado da convivência mais difícil.

O paradoxo dessa história é que o líder, ao pensar grande, acaba incluindo milhares de pessoas que serão beneficiadas com mudanças de paradigmas e inovações positivas para o mundo. O líder com visão curta, ou fixado no próprio ego, pensa no imediato, no seu ganho, na sua empresa, nas suas metas e dificilmente consegue ser com isso irresistível. Irresistíveis são as idéias que torna a irresistibilidade do líder gerando disponibilidade espontânea das pessoas ao redor e essa irresistibilidade está baseada na intenção, menos centrada em si, menos egóica e mais ampla: A teoria dos jogos de John Nash, os filmes de Charles Chaplin, a invenção da vacina de Edward Jenner, entre outros feitos que servem de exemplo.

           O ser humano, desde sua infância tem necessidade de se sentir útil. Quando vê que seu papel na empresa, na família ou em qualquer local que atue não está fazendo qualquer diferença, a tendência é se desmotivar. Agora veja como muda o estado geral de uma pessoa quando ela sabe que está se dedicando a um projeto de proporções futuras grandes e de impacto positivo no mundo. Mesmo que ela seja apenas uma das polias de uma engrenagem, ela se sente libertadora e útil. Vai explicar isso para as empresas que gastam muito dinheiro com palestras motivacionais aos seus funcionários.

           O líder é justamente essa figura capaz de despertar no outro esse interesse e para isso sua atuação não pode ser ligada ao seu ego, ao seu salário no fim do mês ou a qualquer ganho imediato que ele almeja visando apenas sua ideologia pessoal. Existem até mesmo presidentes com esse perfil. São os ditadores interessados em dizimar quem não concorda com suas idéias centradas – nele mesmo! É necessário que ele pense grande, que inclua positivamente o maior número de pessoas e de preferência que direcione as equipes para o novo, para o melhor e para a quebra de paradigmas. Para isso é preciso dedicação. Afinal, ninguém tem uma super ideia da noite para o dia. Mas se dedica em ampliar seus horizontes se qualificando cada vez mais e procurando pela ideia original, o ponto diferenciado de suas ações, aquilo que ninguém viu ainda. Ideias inclusivas atraem as pessoas, pense nisto!

            Aproveite e veja nosso vídeo sobre a irresistibilidade do líder no nosso canal. E se você gostou desse texto, compartilhe, e ajude a espalhar essa felicidade ;)!

Márcio Aoki e Lorela Casella

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Deixe de Ser Prisioneiro






      Já reparou o quanto nos colocamos em situações drenadoras da nossa energia e força de vontade? Porque isso acontece? E nem nos damos conta que a vida está um turbilhão de emoções tão grandes e variadas que não conseguimos dar nomes a todas elas?

     Situações que nos fazem ter turbulência emocional podem gerar um aprisionamento mental em situações do trabalho, com a família, no relacionamento ou em uma situação de extremo risco de vida ou de sua integridade.

       Marshall Rosenberg dizia que duas pessoas podem passar pela mesma situação crítica e até sofrer violência, porém, cada uma delas decidirá se sofrerá ou não com aquela vivência, conferindo a cada um a responsabilidade pelo modo de ver e encarar a vida. Depois desta afirmação, ele mostra o exemplo de casos de mulheres que foram estupradas em Uganda sendo que uma resolveu montar uma ONG de acolhimento às mulheres que sofrem este tipo de abuso com orientações para esclarecer a população de como procurar evitar situações de risco.

       Seguindo essa linha de raciocínio, o modo como enxergamos o mundo pode sim nos aprisionar em sofrimentos longos e culminar em ansiedade, depressão e até crises de pânico. Uma dessas posturas é o de autoexigência. Muitos entenderiam a autoexigência como positiva. Tem gente até que fala com certo orgulho o quanto perfeccionista é. No entanto, ao exigir ou colocar determinada carga excessiva sobre projetos, resolução de problemas e exigências nos relacionamentos, estamos com isso escolhendo o caminho da frustração. 

     Ninguém obtém resultados satisfatórios com tanta exigência. Ou até pode conquistar determinados resultados com certo grau de imposição. Mas e depois? Deu satisfação ou saiu desgastado do processo? Vale a pena se questionar se o que vale mais é o resultado ou o processo. Muitos correm atrás do fim, não se importando se sobreviverão no meio.

       Pela lógica do raciocínio humano, se eu não me importo em me cobrar, porque me importaria em cobrar o outro? E é aí que a cobrança sai do universo íntimo para o universo externo. Saio por aí cobrando aqueles que eu quero que se comportem do modo que imaginei para que o resultado do “meu” projeto saísse do jeitinho que imaginei. Como ninguém manda em ninguém e a vontade nossa não é capaz de sobrepujar a vontade das pessoas, é esperado que as pessoas não atendam as expectativas alheias e o resultado mais óbvio a ser obtido é o de decepção. Não que o outro o decepcione, mas você armou uma arapuca para você mesmo e se prendeu na decepção.

       Com isso o que desejamos a todos é que perdoem, não porque o outro fez algum mal a você, mas porque você achava que o outro deveria fazer o que você queria. Ame e perdoe. Ame a liberdade que o outro tem de ser o que ele quiser ser. Ame o fato do outro pensar diferente de você e tire dos ombros esse peso que você colocou sobre você, sobre a situação e sobre a outra pessoa. E se você percebeu que fez demasiada cobrança mental sobre a outra pessoa, a perdoe. Libere a pessoa! Faça a anistia! E com isso se liberte! Cada pessoa que você liberta dos seus aprisionamentos, é uma vitória para a sua paz pessoal! Pense nisto!

         Estávamos preparando esse tema sobre perdão e ficamos sabendo sobre o lançamento do livro 
Perdão, escrito pela autora Vera Tanuri, editora Editares. Aproveitamos a oportunidade e fomos conferir com a autora, em primeira mão, qual a abordagem que ela traz no desenvolvimento do trabalho com o livro. E ao perguntar sobre a importância do perdão na vida das pessoas, veja o que Vera nos disse:
      “O perdão traz benefícios à pessoa já que renova os seus pensamentos e sentimentos ao desdramatizar situações pretéritas. Ao perdoar e se libertar de situações de mágoas, sente-se apto a assistir o outro que cometeu algum ato ofensivo ou se omitiu em determinada situação na qual tinha que ter agido”. 

        E ao questionar sobre as pessoas que sentem dificuldade de exercitar o perdão, Vera explicou:   “Quando não consegue perdoar, a pessoa fica presa a situações pretéritas, sentindo-se, muitas vezes, injustiçada, ofendida, frustrada, pois espera atitudes alheias que não aconteceram. É a autovitimização aprisionante. Cabe a pessoa a decisão pessoal de permitir que a dor se prolongue no tempo ou não”.
Finalizando, questionamos se existe alguma técnica para ajudar a pessoa perdoar as outras pessoas e para Vera: “Quanto às técnicas, em meu livro relato algumas que me permitiram empregar o perdão nas relações de convívio, mas penso que elas são pessoais e que não existe uma fórmula pronta para todas as pessoas.”
 


     Vera aproveita e convida aos interessados para presenciarem o lançamento de seu livro que acontecerá no Hotel Mabu Interludium, em Foz do Iguaçu, no dia 13 de fevereiro, às 19h!

       E um último lembrete do Canal Polivalência para você: mesmo sem usar os “óculos cor de rosa” é possível alcançar uma visão otimista da vida!

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                                                                                                                   Lorela Casella e Márcio Aoki


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