sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Deixe de Ser Prisioneiro






      Já reparou o quanto nos colocamos em situações drenadoras da nossa energia e força de vontade? Porque isso acontece? E nem nos damos conta que a vida está um turbilhão de emoções tão grandes e variadas que não conseguimos dar nomes a todas elas?

     Situações que nos fazem ter turbulência emocional podem gerar um aprisionamento mental em situações do trabalho, com a família, no relacionamento ou em uma situação de extremo risco de vida ou de sua integridade.

       Marshall Rosenberg dizia que duas pessoas podem passar pela mesma situação crítica e até sofrer violência, porém, cada uma delas decidirá se sofrerá ou não com aquela vivência, conferindo a cada um a responsabilidade pelo modo de ver e encarar a vida. Depois desta afirmação, ele mostra o exemplo de casos de mulheres que foram estupradas em Uganda sendo que uma resolveu montar uma ONG de acolhimento às mulheres que sofrem este tipo de abuso com orientações para esclarecer a população de como procurar evitar situações de risco.

       Seguindo essa linha de raciocínio, o modo como enxergamos o mundo pode sim nos aprisionar em sofrimentos longos e culminar em ansiedade, depressão e até crises de pânico. Uma dessas posturas é o de autoexigência. Muitos entenderiam a autoexigência como positiva. Tem gente até que fala com certo orgulho o quanto perfeccionista é. No entanto, ao exigir ou colocar determinada carga excessiva sobre projetos, resolução de problemas e exigências nos relacionamentos, estamos com isso escolhendo o caminho da frustração. 

     Ninguém obtém resultados satisfatórios com tanta exigência. Ou até pode conquistar determinados resultados com certo grau de imposição. Mas e depois? Deu satisfação ou saiu desgastado do processo? Vale a pena se questionar se o que vale mais é o resultado ou o processo. Muitos correm atrás do fim, não se importando se sobreviverão no meio.

       Pela lógica do raciocínio humano, se eu não me importo em me cobrar, porque me importaria em cobrar o outro? E é aí que a cobrança sai do universo íntimo para o universo externo. Saio por aí cobrando aqueles que eu quero que se comportem do modo que imaginei para que o resultado do “meu” projeto saísse do jeitinho que imaginei. Como ninguém manda em ninguém e a vontade nossa não é capaz de sobrepujar a vontade das pessoas, é esperado que as pessoas não atendam as expectativas alheias e o resultado mais óbvio a ser obtido é o de decepção. Não que o outro o decepcione, mas você armou uma arapuca para você mesmo e se prendeu na decepção.

       Com isso o que desejamos a todos é que perdoem, não porque o outro fez algum mal a você, mas porque você achava que o outro deveria fazer o que você queria. Ame e perdoe. Ame a liberdade que o outro tem de ser o que ele quiser ser. Ame o fato do outro pensar diferente de você e tire dos ombros esse peso que você colocou sobre você, sobre a situação e sobre a outra pessoa. E se você percebeu que fez demasiada cobrança mental sobre a outra pessoa, a perdoe. Libere a pessoa! Faça a anistia! E com isso se liberte! Cada pessoa que você liberta dos seus aprisionamentos, é uma vitória para a sua paz pessoal! Pense nisto!

         Estávamos preparando esse tema sobre perdão e ficamos sabendo sobre o lançamento do livro 
Perdão, escrito pela autora Vera Tanuri, editora Editares. Aproveitamos a oportunidade e fomos conferir com a autora, em primeira mão, qual a abordagem que ela traz no desenvolvimento do trabalho com o livro. E ao perguntar sobre a importância do perdão na vida das pessoas, veja o que Vera nos disse:
      “O perdão traz benefícios à pessoa já que renova os seus pensamentos e sentimentos ao desdramatizar situações pretéritas. Ao perdoar e se libertar de situações de mágoas, sente-se apto a assistir o outro que cometeu algum ato ofensivo ou se omitiu em determinada situação na qual tinha que ter agido”. 

        E ao questionar sobre as pessoas que sentem dificuldade de exercitar o perdão, Vera explicou:   “Quando não consegue perdoar, a pessoa fica presa a situações pretéritas, sentindo-se, muitas vezes, injustiçada, ofendida, frustrada, pois espera atitudes alheias que não aconteceram. É a autovitimização aprisionante. Cabe a pessoa a decisão pessoal de permitir que a dor se prolongue no tempo ou não”.
Finalizando, questionamos se existe alguma técnica para ajudar a pessoa perdoar as outras pessoas e para Vera: “Quanto às técnicas, em meu livro relato algumas que me permitiram empregar o perdão nas relações de convívio, mas penso que elas são pessoais e que não existe uma fórmula pronta para todas as pessoas.”
 


     Vera aproveita e convida aos interessados para presenciarem o lançamento de seu livro que acontecerá no Hotel Mabu Interludium, em Foz do Iguaçu, no dia 13 de fevereiro, às 19h!

       E um último lembrete do Canal Polivalência para você: mesmo sem usar os “óculos cor de rosa” é possível alcançar uma visão otimista da vida!

     Se você gostou deste artigo, siga-nos no nosso blog para receber novos textos e compartilhe ajudando a espalhar essa felicidade 
                                                                                                                   Lorela Casella e Márcio Aoki


Links:
https://www.facebook.com/editareseditora/?fref=ts
http://www.shopcons.com.br/
http://editares.org.br/

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário